segunda-feira, 30 de abril de 2012

a chegada...

gosto  de me aventurar pelo mundo. não sou medrosa, e sempre acho que tudo vai dar certo.
mas chegar sozinha pela primeira vez numa cidade como marrakech às vezes pode assustar.
isso porque sempre levamos em nosso imaginário aquela ideia de perigo do mundo oriental tão desconhecido por nós.
eu cheguei no meio da tarde e um taxi estava me esperando no aeroporto mandado pelo riad ( um tipo de hotel) onde iria me hospedar, o que me deu uma enorme tranquilidade.
só que quando chegamos numa das portas da medina, o taxi parou e me indicou um homem com uma carrocinha que me acompanharia à pé até o riad, porque dentro da medina, os taxis não entram. apenas lambretas, bicicletas, jegues, carrocinhas, pedestres, o que já é uma confusão suficiente...
e lá fui eu seguindo  meu novo amigo que carregava minha mala e minha mochila por aquele inacreditável labirinto, me sentindo como teseu buscando o minotauro ( mas sem o novelo de ariadne...)
esquerda, direita, esquerda, esquerda novamente, impossível memorizar qualquer direção.
ruelas tortas, pátios que se abriam e novamente se estreitavam em escuras passagens subterrâneas.
e foi numa dessas passagens, que meu amigo estacionou a carrocinha, olhou bem nos meus olhos e disse naquele inglês/árabe, bem alto para eu poder entender:

"don't be afraid, it is not dangerous!! at night, there is light here!!"

por alguns segundos, toda aquela fantasia do perigo tomou conta de mim e minha respiração quase parou.
foi quando ele levantou novamente a carrocinha com um sorriso, e  alguns minutos depois, estávamos chegando no riad, são e salvos!
realmente, ele tinha razão: it is not dangerous....




lindos lugares por onde andei













and the peaceful white...


blue




red




domingo, 22 de abril de 2012

jardin majorelle












riad majala



marrakech, a cidade vermelha

marrakech é realmente uma cidade vermelha.
não só pelos seus tons maravilhosos como pela sua energia.
a medina é um labirinto, uma infinidade de vielas, um movimento incessante com gente andando, crianças jogando bola, bicicletas, lambretas e mesmo carros indo em todas as direções, sem se trombar, numa coreografia frenética.
todos querem vender suas coisas maravilhosas, ensaiam todas as línguas, e é preciso muita firmeza para não ser seduzido a todo momento.
e no meio disso, de repente se faz um incrível silencio, e todos se conectam com o canto mágico do chamado às preces. e mesmo esse som único, tem a força e a energia do vermelho.
meu primeiro dia de passeio por aqui, já me fez completamente encantada por esse lugar.